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A consulta sagrada




Um encontro muito aguardado. As perguntas já foram pensadas, o trajeto até o consultório já foi planejado (por vezes longo e custoso) para que nada dê errado.

Os exames todos devidamente organizados para que não falte nenhuma informação. Decidiu se levará uma companhia ou se prefere viver só esse momento.


O diagnóstico é um momento muito esperado por quem vive a possibilidade de ter uma doença ameaçadora da vida.

Foi um processo longo, cansativo e desgastante. O percurso de sua vida será (re)definido.


Como não honrar o sagrado que sustenta esse encontro? Para o(a) profissional de saúde pode ser apenas mais uma consulta, mas para aquela pessoa, é sobre sua história, seus planos, seus sonhos.


É natural e coerente a presença do medo, da ansiedade, da insegurança, da tristeza. Tudo cabe e sinaliza o quanto esse momento é profundamente marcante em sua vida.

O tratamento inicia já no acolhimento para a explicação do diagnostico. A forma como essa pessoa receberá as informações sobre si mesma já faz toda a diferença. É o primeiro remédio.


A disponibilidade de quem cuida precisa ser genuína, dentro das condições possíveis, mas genuínas. Se só tem disponível dez minutos, que sejam os dez minutos de mais absoluta presença respeitosa, acolhedora e compassiva.


Do que uma pessoa que vive a expectativa de um diagnostico precisa? Somente do que foi buscar: Os fatos sobre sua doença, o respeito sobre sua biografia, a autonomia sobre o tratamento, a dignidade sobre sua vida.

Por psicóloga Flávia Vieira.

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