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A consciência da finitude tempera a vida


A consciência da finitude é um desafio pra todos nós. E atuar como psicóloga não o torna mais fácil.


Na realidade, vivemos em atenção para não nos perdermos de nossa humanidade e não tornarmos a nossa profissão um véu de ilusão acerca de nós mesmos.


Ao olhar para a finitude, podemos observar a presença dos apegos e como eles podem promover sofrimento.


Ao mesmo tempo, podemos também constatar a importância de olhar pra isso e cultivar o que tem valor, exercitando o desapego, nutrindo os afetos que acalentam a vida e observando como desejamos que o cuidado de fim de vida aconteça.


Quando penso na escuta do terapeuta como um instrumento de cuidado em saúde mental e emocional, percebo o quanto é essencial que o trabalho de consciência da finitude aconteça em nós primeiramente.

Considerar a morte, tempera a vida, possibilita que possamos cuidar diariamente do que é importante e, no encontro com a finitude (que pode acontecer a qualquer momento), não tenhamos tantos arrependimentos, culpas e histórias inacabadas para darmos conta.


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